Alimentação
CAROLINE MARINO
Hambúrgueres de laboratório, fazendas verticais, insetos e mais
Apopulação global deve se aproximar de 10 bilhões de pessoas até meados do século. Atualmente, quase 1 bilhão de pessoas no mundo passam fome. Alimentar os habitantes do planeta sem destruí-lo é um desafio. A saída pode estar em mudanças de hábito sobre o que colocamos no prato e também como produzimos nossos alimentos.
O desperdício ainda é um grande problema. Quase 30% da comida produzida termina no lixo. Os negócios que resolvem essas questões buscam reduzir essas perdas, como as startups especializadas em reciclar alimentos; melhorar a logística, como no caso das fazendas verticais; ampliar a capacidade de produzir proteínas com menos impacto ambiental, como os produtos com base em vegetais.
Mais conscientes, as pessoas têm buscado produtos saudáveis e menos agressivos ao meio ambiente, e que estejam de acordo com seus valores e propósitos. Os consumidores começam a pensar em questões como “o que exatamente estou comendo?”, “onde esse produto foi produzido e como chegou à minha casa?” quando vão às compras.
Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), coordenado pelo The Good Food Institute (GFI) e apoiado por 11 empresas do setor de alimentos, mostra que metade dos brasileiros reduziu o consumo de carne nos últimos 12 meses e 39% já consomem alternativas vegetais em substituição às animais pelo menos três vezes por semana. A projeção da Plantplus Foods para 2030 é que o mercado global de plant-based movimente US$ 25,5 bilhões.
Na mesma linha, o uso da tecnologia vai auxiliar na tomada de decisões mais seguras e saudáveis com a possibilidade de obter dietas inteligentes. Segundo um levantamento feito pela agência de inteligência de mercado Mintel, as pessoas poderão adequar suas dietas e seu estilo de vida para melhorar a saúde do corpo e da mente. Além disso, poderão compartilhar dados pessoais por meio de dispositivos de internet das coisas, recebendo das empresas desde lista de compras até receitas e refeições personalizadas, com sabor, temperos e preferência de texturas. Porém, para isso, as empresas precisarão desenvolver sistemas de produção mais ágeis, incluindo impressoras 3D, para atender às demandas de personalização.
SUMÁRIO
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2022-06-08T07:00:00.0000000Z
2022-06-08T07:00:00.0000000Z
https://epocanegocios.pressreader.com/article/281590949211924
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